Era uma bela manhã de agosto em 1590 quando o capitão John White retornou para a Ilha de Roanoke com suprimentos suficientes para abastecer a recente estabelecida colônia inglesa, no local onde hoje fica o Condado de Dare, Carolina do Norte, Estados Unidos da América.
Esperando encontrar seus compatriotas sedentos pelo carregamento, White teve uma surpresa inesperada... O que era para ser um reencontro acabou por se tornar um dos maiores mistérios da humanidade. Já se passavam três anos desde que John White tinha partido do assentamento em busca de ajuda para garantir a sobrevivência de Roanoke, que é considerada, uma das primeiras tentativas de colonização britânica no território dos Estados Unidos.
Curiosamente e oficialmente, os ingleses só conseguiram se fixar na América do Norte em 1607, em Jamestown, na Carolina do Norte, precisamente 23 anos depois da primeira tentativa de estabelecer em Roanoke em agosto de 1585, quando a primeira expedição liderada por Sir Richard Grenville, que veio a ter uma série de conflitos com tribos nativas locais, conhecidos como povo de Roanoke, abandonou a missão e abriu espaço para a liderança de John White.
Grenville tinha outros planos e caminhos a seguir; depois de uma série de incursões militares por regiões dos Estados Unidos decidiu retornar para a Inglaterra. Após a partida de Grenville, White naturalmente passou a comandar, pois tinha participado de várias expedições anteriores em nome do rei, conseguindo prestígio com a cora inglesa que acabou nomeando-o governado da região.
Com um novo cargo uma seria de obrigações sugiram, entre elas, garantir a sobrevivência da colônia de Roanoke. Com a série de conflitos iniciados por Grenville entre os colonos e as tribos locais, a situação do assentamento ficou insustentável. Os desafios climáticos, geográficos e as ameaças nativas forçaram os exploradores a se cercar o que trouxe fome e disputas internas. Esperando sanar o problema, White retorna a Inglaterra em 1587 para buscar suprimentos e reforços militares.
Três anos depois da partida, White retornou e o que encontrou foi no mínimo estranho. Todos os colonos, um o total de 117, haviam desaparecido sem deixar rastros. As casas estavam derrubadas, muitos destroços estavam espalhados pelo chão, não havia qualquer evidência do que acontece e nem sombra dos colonizadores. Nem mesmo pertences pessoais foram achados, mas no muro formado por troncos que cercavam o assentamento com um forte apache, destacavam-se duas palavras misteriosas gravadas: CROATOAN e CRO.
White supôs que movidos pela fome e frio os colonos migraram para o interior do continente e se estabeleceram em uma localização mais apropriada. Seguindo esse raciocínio, as palavras gravadas poderiam indicar que os migrantes foram em direção a ilha Croatoan, localizada ao sul da ilha de Roanake e possível local de origem da tribo de Manteo.
Devido a condições climáticas adversas, White não conseguiu confirmar sua hipótese e ir a Ilha de Croantan e com isso o mistério ficou sem solução gerando uma série de especulação e histórias paralelas.
Alguns chegam a afirmar que os colonos foram vítimas de uma abdução alienígena em massa, outros sugerem que foram canibalizados por índios e programas de TV como American Horror Story sugeriram versões mais criativas que envolvem cultos de paganismo e bruxaria.
Nesse ponto do relato você deve estar perguntando: 117 pessoas não desaparecem sem deixar vestígios e pistas? Mas isso não é algo incomum... De fato existem vários casos como da uma vila de Inuit que desapareceu em 1930 no Lago Anjikuni.
Cientificamente é possível levantar a hipótese de que as condições climáticas, o tempo elástico entre a partida e volta de White, a falta de tecnologia e equipe capacitada há época fizeram com as evidências passassem despercebidas ao ponto de se tornarem completamente invisíveis, mesmo assim, a contra-opinião que sustenta o caso como um mistério total é bem plausível, considerando que hoje em dia, temos métodos bastante inovadores e capazes de explorar assentamentos muito mais antigos e inóspitos como aqueles que se esmeram no deserto Egípcio. Essa mesma tecnologia, que desvenda mistérios submersos nas areias do deserto, foi incapaz até o momento(04/05/2022) de explicar o que ocorreu em Roanoke, na Carolina do Norte, Estados Unidos das América.